segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Duas Pulgas


Como é delicada Dona Pulga!
Como é delicado Seu Pulga!
A Dona Pulga e o Seu Pulga
eram bastante amigos!
Eles corriam, corriam, corriam.
Mas quem sempre chega primeiro é o Seu Pulga,
O caminho do Seu Pulga era sempre limpinho e arrumadinho
O caminho da Dona Pulga era sempre, Hum?
Ele tinha muitas pedras, era sempre frio.
Um dia Dona Pulga chegou lá.
Ai, ainda bem.
SE EU PUDESSE ...
OLHA AQUELA BOCA!
SE EU PUDESSE
EU PASSAVA ...
BAH EU PASSAVA A MÃO NELA!
OLHA
OLHA
OLHA
TA VENDO?
ELA OLHOU PRA MIM.
EU VO LÁ FALA COM ELA!
FALA SE EU VO OU NÃO?
TA BEM. 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

E a Lua suspirou!
Olhou entre as nuvens em movimento
a noite libertina.
Olhou casas,
casas grandes,
casas pequenas,
casas com riquezas,
casas humildes,
e amargas,
casas felizes.
E a Lua sentiu medo!
A Lua sentiu medo!


ali


Eu estava ali
Eu estava ali
Eu estava ali
mas aí
sai dali
Eu não estava mais ali.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

"Queria que o mundo soubesse respirar
queria saber navegar
queria Saber voar 
queria que a noite passasse 
e o frio se fizesse presente
em cada esquina de vento brincalhão
onde a água púrpura de todas as lágrimas inocentes
vissem como é bom 
toques labiais 
falas intelectuais - falar de sol e lua, planetas e mistérios, etc e tal.
falhas reais.
Onde a água em um punhado de terra faz toda a diferença."

segunda-feira, 4 de março de 2013

Final de semana

      Fervorosa paralisia
  em toda transparencia
          dedicaste ao meu sonho
  e teu brindar
   Em pedras claras
        vozes de luares
  na meia noite
   encantares
aquele velho
           com teu brincar
 reconheço em teus olhos
               um grande navegar
    atropelando abertamente
 esse cheiro a purpurar
                 revela-te óh grande Abracadabra
       antes que tua face se desprenda
  do teu verdadeiro revelar.
Infinitas reprises de possessão
se apoderam da minha mente inocente
e na decadência  de flores roxas
por mais mortal que seja
se torna eterno aquele mal viver
suspiro e solidão
refazem com decência
uma imensa dor
sem solução
ou seja
renascer.

Conhece aquele Nelson?
atordoado
ás vezes suado
mas nem sempre molhado

Conhece aquele Nelson?
volte meia sorria
ás vezes até que fingia
mas nunca caia

Conhece aquele Nelson?
que em nuances  se perdia
em migalhas se reconhecia
e a tarde dormia

Conhece aquele Nelson?
enlouquecia pelo futebol
vivia pelo sexual
e desbancava o imoral.

Conhece o Nelson?

sábado, 2 de março de 2013

O sul

Uma ilha fanática por estrelas, recitava seus poemas a um tigre, que sempre chorava a ouvi-las, certo dia o tigre colorido e repentino em seus lamentos, não chorou a ouvir certa poesia. A Ilha entorpecida de lágrimas  perguntou ao paciente Amigo, porque não causará o sentimento de sempre, o tigre nada responde, olha para uma estrela que está a seu sul, sorri, agradece a Ilha, e caminhando sem olhar para trás, diz:

- Agora sei porque as estrelas te completam.

amolar

Grilar para aqueles
me desconstrói

Entre ocas soltas
meu sopro corrói

E nas evocações
para o mar

um lenço cai
 o vento vai
e o som se distrai

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Reconhecestes a quem por vos falhou?


Na maioria das vezes, nossos sentimentos intercalados de sóis e nuvens, mostram a ambiguidade de nossas vozes. Quando miramos o céu, o que prevalece? se não? Se não um aconchego de quem nos quer bem. As montanhas que nos querem fazer perecer daquele outro lado, revelam apenas o pior de nosso Ser. Não é entre as águas, nem sobre as fadas, a quem me destinarei, será apenas para mim, que neste Universo dilacerante mais uma vez eu renascerei.

Treino

Com quimeras e ressonâncias
eu me desfaço
ao tentar recolar a vida
de pedaço em pedaço

Sinto me sozinha
e sem desfecho
e por mais que haja milagres
a ti eu não mereço

Sem velas em minhas mãos
eu a ti descortejo
e mais ainda peço outro beijo

Dos sussurros e melancolias
vejo em ti mil magias
das quais entre as águas
eu sofria.